Cifra Club

La Marche Nuptiale

Georges Brassens

La Marche Nuptiale

Letra: Original
Selo Cifra Club: esta cifra foi revisada para atender aos critérios oficiais da nossa Equipe de Qualidade.

Mariage d'amour
Mariage d'argent
J'ai vu se marier
Toutes sortes de gens
Des gens de basse source
Et des grands de la terre
Des prétendus coiffeurs
Des soi-disant notaires

Quand même je vivrais
Jusqu'à la fin des temps
Je garderais toujours
Le souvenir content
Du jour de pauvre noce
Où mon père et ma mère
S'allèrent épouser
Devant Monsieur le Maire

C'est dans un char à bœufs
S'il faut parler bien franc
Tiré par les amis
Poussé par les parents
Que les vieux amoureux
Firent leurs épousailles
Après longtemps d'amour
Longtemps de fiançailles

Cortège nuptial
Hors de l'ordre courant
La foule nous couvait
D'un œil protubérant
Nous étions contemplés
Par le monde futile
Qui n'avait jamais vu
De noce de ce style

Voici le vent qui souffle
Emportant, crève-cœur!
Le chapeau de mon père
Et les enfants de chœur
Voici la pluie qui tombe
En pesant bien ses gouttes
Comme pour empêcher
La noce, coûte que coûte

Je n'oublierai jamais
La mariée en pleurs
Berçant comme un' poupé’
Son gros bouquet de fleurs
Moi, pour la consoler
Moi, de toute ma morgue
Sur mon harmonica
Jouant les grandes orgues

Tous les garçons d'honneur
Montrant le poing aux nues
Criaient: Par Jupiter
La noce continue!
Par les hommes décrié’
Par les dieux contrarié
La noce continue
Et viv' la mariée!

Casamento por amor
Casamento por interesse
Vi casar-se
Toda espécie de gente
Gente de caixa baixa
E poderosos da Terra
Pretensos cabeleireiros
Supostos notários

Ainda que eu vivesse
Até o final dos tempos
Eu teria sempre
A lembrança alegre
Do dia da pobre boda
Em que meu pai e minha mãe
Foram casar-se
Perante o Sr. Prefeito

Foi num carro de boi
Se é preciso falar muito francamente
Puxado pelos amigos
Empurrado pelos parentes
Que os velhos namorados
Fizeram seus esponsais
Depois de muito tempo de amor
Muito tempo de noivado

Cortejo nupcial
Fora da ordem comum
A multidão nos encarava
Com olhos arregalados
Éramos contemplados
Pelo mundo fútil
Que nunca tinha visto
Boda daquele estilo

Eis o vento que sopra
Levando, que desgosto!
O chapéu de meu pai
E os coroinhas
Eis a chuva que cai
Pesando bem suas gotas
Como se para impedir
As bodas, custe o que custar

Nunca esquecerei
A noiva aos prantos
Embalando como um boneca
Seu grande buquê de flores
Eu, para consolá-la
Eu, com toda a minha arrogância
Na minha harmônica
Imitando os grandes órgãos

Todos os pajens
Mostrando o punho para as nuvens
Gritavam: “Por Júpiter
A boda continua! ”
Pelos homens denegrida
Pelos deuses contrariada
A boda continua
E viva a noiva!

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